domingo, 26 de março de 2023

O Colégio Culto à Ciência

1874 Colégio Culto à Ciência

1896 Ginásio de Campinas
1942 Colégio Estadual de Campinas
1947 Colégio Estadual José Bonifácio
1947 Colégio Estadual Culto à Ciência
Atual: E E Culto à Ciência
Campinas – SP

 

Desenho, de Arioto Milla, baseado em foto da época.
Fonte: Culto à Ciência, cento e treze anos a serviço da cultura . Campinas, 1986, p.
 
Em 12 de janeiro de 1874 foi inaugurado o Colégio “Culto à Ciência”, que começou a funcionar no mesmo ano da inauguração. O então secretário da sociedade maçônica, o dr. Manuel Ferraz de Campos Sales fez um discurso salientando, entre outras coisas, a necessidade da “instrução popular.”
 
A escola deve seu nome à “Sociedade Culto à Ciência”, cujos membros, pertencentes à Comissão de Justiça da loja Maçônica Independência de Campinas, decidiram, no ano de 1869, pela criação de um estabelecimento de ensino leigo na cidade. Inaugurado em 1874, como “Colégio Culto à Ciência”, foi dirigido pelos maçons até a dissolução da Sociedade, passando para o poder público em 1892.
 
O nome da escola é uma referência aos ideais positivistas, pois, para eles, “a razão era o novo guia da humanidade e cultuar a ciência era o mesmo que cultuar a razão”(Afonso e Pinto: 1986, p.15).
 
Segundo Affonso e Pinto (1986, p.20), o primeiro surto de febre amarela em Campinas, em fevereiro de 1889, obrigou o Colégio a suspender suas atividades, que foram reiniciadas somente em julho Desenho, de Arioto Milla, baseado em foto da época. daquele mesmo ano. Em 1890 as aulas foram reiniciadas em janeiro mas, o funcionamento da escola foi novamente interrompido pois a febre amarela, que tomou conta da cidade, ainda não tinha sido completamente debelada.
 
Durante o ano da proclamação da República e no ano seguinte o Colégio não funcionou regularmente, voltando às suas atividades somente em 1891 quando a situação financeira da “Sociedade Culto à Ciência” estava abalada. As autoras destacam que o Colégio sempre enfrentou dificuldades financeiras, sobretudo pelo grande número de alunos pobres que não tinham condições de pagar nem a taxa de matrícula e as prestações cobradas aos alunos serem irrisórias.
 
Destacam ainda as autoras que a Sociedade que havia idealizado o Colégio estava mais preocupada, naquele momento de grave crise financeira dele, em assumir o governo da República. Nesse contexto foi realizada a última assembléia da Sociedade, em 24 de dezembro de 1892, na qual ficou decidido que todo seu patrimônio passaria para a municipalidade campinense, para fins únicos de instrução, como previa o artigo 43 de seus estatutos.
 
 
O prédio em que funcionava o antigo Colégio ‘Culto à Ciência’” passou a pertencer ao Estado dois anos depois. Conforme Lei nº 284, de 14 de março de 1895, o então governador do Estado, Manoel Ferraz de Campos Salles, criou o Ginásio de Campinas. Instalado e inaugurado em 4 de dezembro de 1896, quando era Secretário do Interior Antonio Dino da Costa Bueno, o ginásio foi instalado no prédio onde funcionara o Colégio Culto à Ciência.
 
Esse prédio permanece até os dias atuais, e mantém o estilo da arquitetura clássica francesa do século XVII, ainda que tenha passado por algumas reformas.
Segundo o Anuário do Ensino do Estado de São Paulo (19071908), desde sua fundação até 1908, só se bacharelaram ali 32 alunos, devido às epidemias de febre amarela.
 
Compunham seu corpo docente, em 1907: Américo Brasiliense Antunes de Moura, catedrático de Português; Bento Ferraz, de Literatura; Dr. João Keating, de Francês; José Stott, de Inglês; Dr. Camillo Vanzolini, de Italiano; João von Atzingeti, de Alemão; Dr. Eduardo Gê Badaró, de Latim; Henrique Augusto Vogel, de Grego; André Perez Marin, de Aritmética e Álgebra; Ernesto Luiz de Oliveira, de Geometria e Trigonometria; Luiz Bueno Horta Barbosa, de Mecânica e Astronomia; Manoel Agostinho Lourenço, de Física e Química; Francisco Furtado Mendes Vianna, de História Natural; Gustavo Enge, de Geografia; Basilio de Magalhães, de História do Brasil e interino de Historia Universal; Dr. Abílio Alvaro Miller, de Psicologia e Lógica. Eram auxiliares de ensino os Srs. José Villdgelnn Junior, professor de Desenho, e Jorge Carlos Guilherme Hennigs, professor de Geometria. Era preparador de Física e Química o sr. Eugenio Buleão.
 
O número de alunos matriculados no ano de letivo de 1907 foi de 99, com a freqüência média de 88.
 
Cleide Maria de Lucca Affonso e Maria Nívea Pinto destacam que “no ano de 1942 o ensino secundário foi dividido em dois ciclos: o primeiro, de quatro anos, formando o curso ginasial e o segundo, de três anos, compreendendo dois cursos paralelos: o clássico e o científico. Devido a esse acontecimento, o Ginásio de Campinas passou a denominarse, em 9 de abril de 1942, Colégio Estadual de Campinas.
 
No dia 4 de dezembro de 1946, o Colégio comemorou cinqüenta anos de existência como instituição oficial. Houve muitas comemorações nessa data e a Associação dos exalunos pleiteou a volta à denominação de “Culto à Ciência” para o Colégio Estadual de Campinas.
 
Ocorreu, então, um fato pitoresco. O então governador, Dr. Ademar de Barros, entendendo que Campinas pretendia cultuar a ciência, assinou o decreto nº 17306 em 17 de junho de 1947, alterando o nome do Colégio para Colégio Estadual “José Bonifácio”, considerando que José Bonifácio representava a homenagem que o corpo docente e toda a cidade de Campinas desejava prestar às ciências. Dessa forma, o Colégio levou o nome de “José Bonifácio” até o dia 1 de julho do mesmo ano, quando o decreto nº 17350 entrou em vigor dando-lhe a denominação de Colégio Estadual Culto à Ciência”(Afonso e Pinto: 1986, p.22).
 
O Sistema de Informações Educacionais da Secretaria de Estado da Educação indica que o decreto n º 8.761, de 12de outubro de 1976, apontado no Diário Oficial de 13 de outubro de 1976, altera o nome da escola para Escola Estadual de Segundo Grau Professor Benedito Sampaio. O decreto n º 8.795, de 14 de outubro de 1976, apontado no Diário Oficial de 15 de outubro de 1976, torna sem efeito o decreto anterior, voltando para a denominação de Escola Estadual de Segundo Grau Culto à Ciência.
 
Conforme resolução nº 12, de 1 de dezembro de 1992, publicada no DOM de 24 de dezembro de 1992:08, o prédio do Colégio Culto à Ciência, situado à rua Culto à Ciência nº 422, foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas – CONDEPACC.
 
Atualmente a escola oferece Ensino Médio (Geral).
Endereço atual:
Rua Culto a Ciência, 422 – Botafogo
Campinas, SP – CEP 13020060
Telefone (19) 3232.3511

 
BIBLIOGRAFIA
 
AFFONSO, Cleide Maria de Luca e PINTO, Maria Nívea. Culto à Ciência, cento e treze anos a serviço da cultura . Campinas: Gráfica Tecla Tipo Ltda., 1986.  SÃO PAULO (Estado). Inspectoria Geral do Ensino. Annuario do Ensino do Estadode São Paulo. São Paulo: Typ. Augusto Siqueira & C., 1907 1908.
SÃO PAULO (Estado). Directoria Geral da Instrucção Publica. Annuario do Ensino do Estado de São Paulo . São Paulo: Typ. Siqueira, 1908 1909.
SÃO PAULO (Estado). Directoria Geral da Instrucção Publica. Annuario do Ensino do Estado de São Paulo . São Paulo: Typ. Siqueira, 1913.
SÃO PAULO (Estado). Directoria Geral da Instrucção Publica. Annuario do Ensino do Estado de São Paulo . São Paulo: Typ. Augusto Siqueira & C., 1915.

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O Colégio Culto à Ciência por Martinho Caires, 25/05/2015:

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Col%C3%A9gio_Culto_%C3%A0_Ci%C3%AAncia#/media/File:Col%C3%A9gio_Culto_%C3%A0_Ci%C3%AAncia_-_Campinas_Foto_Martinho_Caires_150525_150525_029.jpg

Fonte: https://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-noticias/escola-estadual-culto-a-ciencia-realizara-duas-mostras-virtuais-em-setembro/


 

Loja Maçônica Independência - Campinas/SP - Fonte Google Maps
 
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HINO DO COLÉGIO "CULTO À CIÊNCIA"

    Versos - Nogueira Braga
    Música - Sofia Helena


Sendo aluno do "Culto à Ciência"
Meu dever se resume no estudo.
Se o cumprir trago em paz a consciência,
Sou feliz e na vida isso é tudo.

Tu, meu "Culto à Ciência", és orgulho
Desta moça falange estudiosa.
A teus pés minhas flores debulho,
Tradição de Campinas gloriosa.

Deus te cubra de bençãos na vida
Aumentando o valor de teus brilhos,
Para glória da Pátria querida,
Para orgulho imortal de teus filhos.

Salve "Culto à Ciência", teu nome
Ontem, hoje, no tempo que passa
Só tem sido um brazão de renome
Na cultura geral de uma raça. 

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domingo, 29 de maio de 2022

Buraco Negro Supermassivo Sagittarius A*

Buraco Negro Supermassivo Sagittarius A*

Compilação: MAGJR

O que é um Buraco Negro?

Citemos o renomado Stephen Hawking em seu livro "Uma Breve História do Tempo", capítulo 6, página 107 pela editora Intrínseca, os grifos são meus:
    "O termo Buraco Negro é de origem muito recente. Ele foi cunhado em 1969 pelo cientista americano John Wheeler como uma descrição expressiva de uma ideia que remonta a pelo menos duzentos anos trás, época em que havia duas teorias sobre a luz: uma, preferida por Newton, era a de que a luz era composta por partículas; a outra, a de que era feita de ondas. Sabemos hoje que, na verdade , ambas as teorias estão corretas. Pela dualidade onda/partícula da mecânica quântica, a luz pode ser encarada como onda e como partícula. Pela teoria de que a luz é feita de ondas, não ficava claro como ela reagiria à gravidade. Contudo, se a luz é composta de partículas; é de se esperar que a gravidade a afete do mesmo modo como afeta as balas de canhão, foguetes, planetas etc. No início, as pessoas achavam que as partículas de luz eram infinitamente rápidas, de modo que a gravidade não seria capaz de deixá-las mais lentas, mas a descoberta de Romer de que a luz viaja a uma velocidade finita significava  que a gravidade podia ter um efeito importante. 

    "Partindo desse pressuposto, um professor de Cambridge, John Michell, publicou em 1783 um artigo no Philosophical Transactions of the Royal Society of London no qual observava que uma estrela massiva compacta o bastante teria um campo gravitacional tão forte que a luz não poderia escapar: qualquer luz emitida da superfície da estrela seria sugada de volta pela atração gravitacional do astro antes que pudesse ir muito longe. Michell sugeriu que talvez houvesse uma grande quantidade de estrelas desse tipo. Embora não fôssemos capazes de vê-las porque a luz delas não chegaria até nós, ainda assim sentiríamos sua gravidade. Tais objetos são o que chamamos hoje de buracos negros, pois é oque eles são: vazios negros no espaço...".

 

Em seu livro "Origens", editora Planeta, páginas 317-318, o astrofísico Neil deGrasse Tyson, um buraco negro é "um objeto com uma força gravitacional tão enorme que nada, nem mesmo a luz, consegue escapar da área delimitada por uma distância específica de seu centro, chamado raio do buraco negro do objeto". Um buraco negro supermassivo é "um buraco negro com mais de algumas centenas de vezes a massa do Sol". 

Aqui um resumo mais popular de acordo com a wikipédia:

"Buraco negro é uma região do espaço-tempo em que o campo gravitacional é tão intenso que nada — nenhuma partícula ou radiação eletromagnética como a luz — pode escapar. A teoria da relatividade geral prevê que uma massa suficientemente compacta pode deformar o espaço-tempo para formar um buraco negro. O limite da região da qual não é possível escapar é chamado de horizonte de eventos. Embora o horizonte de eventos tenha um efeito enorme sobre o destino e as circunstâncias de um objeto que o atravessa, não tem nenhuma característica local detectável. De muitas maneiras, um buraco negro age como um corpo negro ideal, pois não reflete luz. Além disso, a teoria quântica de campos no espaço-tempo curvo prevê que os horizontes de eventos emitem radiação Hawking, com o mesmo espectro que um corpo negro de temperatura inversamente proporcional à sua massa. Essa temperatura é da ordem dos bilionésimos de um kelvin para buracos negros de massa estelar, o que a torna praticamente impossível de observar."

O que é Sagittarius A*?

Ainda de acordo com a mesma fonte temos:
"Sagittarius A* (pronuncia-se Sagittarius A-estrela), também chamada de Sagitário A* (Sgr A* - sigla), é uma fonte de rádio astronômica brilhante e muito compacta localizada no centro da Via Láctea, perto da fronteira das constelações de Sagitário e Escorpião. É parte de um objeto astronômico maior conhecido como Sagittarius A. Acredita-se que Sagitário A* seja a localização de um buraco negro supermassivo,[5][6] como aqueles que geralmente estão nos centros da maioria das galáxias espirais e elípticas. As observações da estrela S2 em órbita ao redor de Sagitário A* foram usadas para mostrar sua presença e produzir dados sobre o buraco negro supermassivo central da Via Láctea e levaram à conclusão de que Sagitário A* é o local deste buraco negro.[7][8][9] O buraco negro explodiu quase 3,5 milhões de anos atrás, devido a uma grande nuvem de hidrogênio caindo no disco de material rodopiando perto do buraco negro central.[10]". Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sagittarius_A*

Imagens de Sagittarius A*

Abaixo a recém e inédita foto de Sagittarius A*:


Para tentarmos tem uma "noção" de sua dimensão, comparando Sagittarius A* com outro gigante e maior buraco negro já conhecido como M87*, o nosso sol e a órbita de Mercúrio a imagem abaixo pode ajudar:


Vídeo Explicativo:

Assista esse excelente vídeo explicativo do canal "Ciência Todo Dia":



Para a Ciência Espiritual.


No ano de 1894 em seu livro "A Ciência Sagrada", o hindu Swami Sri Yukteswar, guru de Paramahansa Yogananda, explanando sobre as "yugas" ou eras da existência, escreveu:
"...o Sol tem também outro  movimento pelo qual ele circula em torno de um grande centro chamado Vishnunabhi, que é a sede do poder criador, Brahma, o magnetismo universal. Brahma regula o dharma, a virtude mental do mundo interior...[]".
Senhor Vishnu e seu Nabhi como o centro de nossa Via Láctea
Senhor Vishnu e seu Nabhi como o centro de nossa Via Láctea

Esse centro é a morada do poder criativo universal, é a mesma morada de Brahma no corpo humano onde está o Kutasha Chaitanya e sua estrala de cinco pontas, emitindo comando para todo o corpo e mente. Assim o buraco negro e a supermassiva Sagittarius A* alimentaria todo a galáxia com sua energia.



Kutasha Caitanya:


Para saber mais:


"Uma Breve História do Tempo", Stephen Hawking:


"Buracos Negros", Stephen Hawking:


"Origens", Neil deGrasse Tyson:


"A Ciência Sagrada", Sri Yukstewar:

domingo, 26 de julho de 2020

VERDADES QUE INCOMODAM - 6

VERDADES QUE INCOMODAM - 6

Por: José Carlos Rocha Vieira Junior, Professor de História

     “Durante longo tempo, os astrônomos e físicos não conseguiram explicar as manchas solares. Enquanto que por um lado sua natureza transitória dava a impressão de fenômenos atmosféricos como os tornados, sua periodicidade sugeria serem regidos por algum mecanismo mais profundo e inexplicado no interior do núcleo solar. Como a Terra, o Sol gira sobre seu próprio eixo norte-sul, mas existe uma diferença crucial entre estes dois corpos: a Terra tem uma crosta dura e rochosa, por isso gira como uma esfera sólida; o Sol é composto por plasma gasoso superaquecido e não tem uma rotação uniforme. Na verdade ele gira mais devagar nos pólos do que no equador, fazendo com que o dia solar seja equivalente a 37 dias terrestres nos pólos, comparado com 26 o equador”. (Página 59)

     “(...) Os egípcios acreditavam em um mundo celestial, para onde tinham esperança que suas almas fossem após a morte. Os Textos das Pirâmides, entalhados nas paredes de algumas das mais antigas, fornecem provas abundantes de que o imaginavam na Constelação de Órion”. (Página 160)

     “(...) A relação entre as pirâmides egípcias e a Via Láctea é bastante clara para qualquer um que deseje estudar o assunto”. (Idem)

     “Recentes pesquisas na Grande Esfinge do Egito indicam que esta estátua enigmática tem bem mais de 12.000 anos de idade”. (Página 208)

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     [“As Profecias Maias”. Adrian Gilbert e Maurice M. Cotterell. Editora Nova Era. 1.999]

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     Seja curioso! Seja independente! Seja um pesquisador! Seja um cidadão mais esclarecido!

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Chico Xavier e OVNI’s

Chico Xavier e OVNI’s

Atualmente, fala-se muito nos contatos de seres extraterrenos.
O senhor acredita na existência de discos voadores?

Chico Xavier:

- Eu acredito que existem naves interplanetárias. Mas o assunto é um tanto quanto difícil, porque pertence ao campo da ciência.

Nós não podemos ignorar que, depois da Segunda Guerra Mundial, as superpotências experimentaram determinadas máquinas, mormente máquinas voadoras, naturalmente com segredos de Estado que são compreensíveis. Possivelmente, teremos máquinas de formas esféricas para voar e concorrer com nossos aviões, com nossos "Concordes" e talvez estejam esperando a hora certa para surgir.

Se entrarmos aí numa contenta sobre discos voadores, que dependem de outros mundos, de outras regiões de nossa galáxia, e se as sedes desses engenhos não permitirem que eles venham visitar a Terra durante muito tempo e aparecerem as máquinas esféricas das superpotências, então com que rosto vamos aparecer?

Vamos deixar que a ciência resolva este problema.

Transcrito do livro Chico Xavier - Mandato de Amor, editado pela União Espírita Mineira - Belo Horizonte, Minas Gerais.
Fonte: http://www.universoespirita.org.br/passesmag/resp_040.htm


sábado, 18 de julho de 2020

VERDADES QUE INCOMODAM - 5

VERDADES QUE INCOMODAM - 5

Por: José Carlos Rocha Vieira Junior, Professor de História - Campinas/SP
     “Em outras palavras, o verdadeiro enigma desse mapa de 1.513 não está tanto no fato de ter incluído um continente que só foi descoberto em 1.818, mas em mostrar parte da linha costeira desse mesmo continente em condições de ausência de gelo, que terminaram há 6.000 anos e que desde então não se repetiram”. (Página 17)

     “Teriam sido outras partes do mundo objeto de levantamento topográfico e mapeadas com precisão a intervalos muito separados durante a mesma época, ou seja, aproximadamente dos anos 13.000 a 4.000 a.C.? A resposta talvez se encontre, mais uma vez, no mapa de Piri Reis, que contém mais mistérios do que apenas a Antártida”. (Página 32)

     “Um homem barbudo de estatura mediana, vestido com um manto bem longo... Já na meia-idade, tinha cabelos grisalhos e era magro. Andava com um cajado e dirigia-se em termos afetuosos aos nativos, chamando-os de filhos e filhas. Viajando pela terra, fazia milagres. Curava os doentes ao toca-los. Falava todas as línguas melhor do que os nativos. Os índios chamavam-no de Thunupa ou Tarpaca, Viracocha-rapacha ou Pachacan...” (Página 63)
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     [“As digitais Dos Deuses”. Graham Hancock. Editora Record. 1.999]
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sexta-feira, 10 de julho de 2020

O Espião Nazista Preso no Brasil que sabia construir Discos Voadores

O Espião Nazista Preso no Brasil que sabia construir Discos Voadores


Pesquisa: Marco A. Guimarães Jr. - PROVQI




Notícia no jornal “O Dia”, Curitiba, 16 de maio de 1952, pg.12



Seu nome verdadeiro era Josef STARZICZNY, espião alemão que trabalhava para o “Espião do Hitler” o galês chamado Gwilym Williams (GW) que pertencia a então Serviço de Inteligência Militar Alemão ou Abwehr.

Em seu passaporte chegou ao Brasil com nome “Nils Christian Christiansen”. Provavelmente a escolha desse nome, tenha relação com o físico dinamarquês Chrisitan Christiansen, que foi o “orientador de doutorado” do famoso físico Niels Bohr. Outra hipótese da origem de seu nome falso, era um outro Christiansen (esse dinamarquês) e membro da Gestapo.

Com disfarce de comerciante e falso dinamarquês, mantinha contato com o espião brasileiro Wilhelm Gieseler, filho de brasileira e alemão, esse mudando de Santos para Alemanha aos 6 anos de idade.

"Esse mesmo Josef, utilizava o disfarce de dinamarquês como explicado anteriormente, mas tem um fato interessante, o verdadeiro Christensen (o dinamarquês) era um agente da Gestapo e trabalhava na contraespionagem em Hamburgo, e Josef e Christensen eram amigos. A rede de Josef, que na verdade era comandada através do cônsul alemão Otto Uebele, tinha uma grande ramificação, e também atuação integrada com as cidades de Recife, Rio de Janeiro, Vitória e Porto Alegre. Na rede existiam dois brasileiros simpatizantes, José Ferreira Dias e Galdino Medeiros, ambos estavam estabelecidos no Rio de Janeiro, e em Santos a rede era composta dos alemães: Wilhelm Gieseler, Ulrich Uebele (filho do cônsul), Heinrich Bleinroth, Otto Boffcher, além de Josef. Os objetivos estavam centrados na coleta de informações marítimas e também em trabalhos de sabotagem nos navios atracados no porto de Santos." (...)
Fonte da imagem aqui

"Mas Gieseler foi mais a fundo com seu trabalho de espionagem. Durante o conflito mundial ele desenvolveu ações com a rede de espionagem de Uebele-Starziczny (o falso dinamarquês), e um dos fatos mais intrigantes foi o contato desenvolvido com um funcionário do consulado inglês em Santos, que de alguma forma conseguia informações importantes das políticas de guerra da Inglaterra na América do Sul. Outro fato interessante foi o contato que Gieseler mantinha com uma garçonete brasileira que trabalhava no Bar Scandinávia no centro de Santos, e a mesma recolhia informações de marinheiros bêbados e desafortunados que soltavam todo tipo de gracejos e informações pelo sorriso da garçonete, e outras “coisas” a mais, como se diz no ramo da espionagem, uma verdadeira “andorinha”. O grande objetivo do Nazista santista era coletar o máximo de informações sobre as movimentações dos navios mercantes e militares do Brasil e dos aliados, e também entender as trocas de informações secretas entres os diversos consulados que existiam em Santos, principalmente o inglês." (...).

Abaixo trecho da narrativa de John Humphries sobre nosso espião. Boa leitura!



“O nome no passaporte do homem chegando de navio ao porto de Santos, litoral de São Paulo, em fevereiro de 1941 era Nils Christian Christiansen. Em sua mala havia um transmissor de rádio com alcance de 15 mil quilômetros, mais do que o suficiente para enviar sinais a Hamburgo e Berlim. Na realidade, porém, tratava-se de Starziczny, enviado pela Abwehr para espionar movimentos de navios britânicos pelo Atlântico Sul.

A carreira de Starziczny na espionagem havia começado na Cidade do México, onde, no início da guerra, ele era funcionário da Telefunken, reparando um transmissor de rádio clandestino instalado nos jardins da missão diplomática alemã. Uma combinação de problemas técnicos e muita atenção dos agentes americanos do outro lado da fronteira levou o transmissor a nunca funcionar adequadamente. Starziczny, então, foi enviado aos Estados Unidos para criar uma rede de transmissores de rádio de baixa potência para agentes alemães enviarem informações à América do Sul, de onde seriam retransmitidas a Hamburgo. Os agentes também tinham caixas postais falsas em São Paulo e no Rio de Janeiro para o envio de informações codificadas e escondidas em cartas particulares. Foi por meio desse tráfego que o FBI descobriu o Ponto, a redução microfotográfica de documentos secretos ao tamanho de um ponto final escondido dentro da aba de um envelope.

Starziczny falava pouco português, mas logo encontrou uma companheira que falava a língua – Ondina Batista de Oliveira Peixoto, a namorada de 37 anos de um tradicional barão que vivia no Waterfall Hotel, em Copacabana. Ignorando as instruções para não se envolver com mulheres locais, Starziczny passou a morar com Ondina no apartamento 82 do número 5 da Francisco Sá, próximo à praia. Posteriormente, mudaram-se para o que acabou se tornando a sede das operações de espionagem da Alemanha no Brasil, uma casa de dois andares na Rua Campos de Carvalho, 318, Leblon, Rio de Janeiro. A missão de Starziczny consistia em “coletar toda informação possível sobre os navios mercantes dos países em guerra com a Alemanha, em especial os britânicos – tonelagem, tipo de carga sendo transportada, destino e armamentos”. Muito em breve, milhares de toneladas eram despachadas para o fundo do Atlântico por submarinos guiados por Starziczny e os agentes que ele empregava em Santos com o objetivo de obter detalhes dos movimentos dos navios entrando e saindo do principal porto brasileiro. (...)

Embora o Brasil permanecesse neutro, a polícia do Rio de Janeiro ignorava as atividades da relevante comunidade alemã, em meio à qual Starziczny e Ondina eram proeminentes, desfrutando de um estilo de vida abastado patrocinado, em grande parte, pelas traições à Abwehr. Todavia, tudo isso mudou quando um submarino afundou dois navios mercantes brasileiros, gerando perda considerável de vidas, e o governo brasileiro enviou Elpídio Reali, chefe do batalhão de elite de São Paulo, para seguir os alemães no Rio de Janeiro. Reali seguiu Starziczny até sua casa e, no início da manhã de 15 de março de 1942, armado e com um mandado de busca, bateu à porta. Uma vez no interior da casa, o detetive descobriu um tesouro de parafernália de espionagem: um pequeno laboratório com câmeras, lentes fotográficas e um receptor de rádio. Quando Reali tentou abrir uma mala fechada, Starziczny gritou: “Não faça isso! Você vai explodir a casa!”

Havia outra caixa repleta de lenços de papel, na qual estavam os registros dos movimentos

de navios entrando e saindo do porto de Santos: suas tonelagens, se carregavam alimentos, tropas, munição e, em alguns casos, havia informações sobre as rotas e os destinos.

O nome de uma das embarcações saltou da página. Era o Queen Mary, um grande navio de carreira que agora transportava tropas que haviam partido de Santos três dias antes, levando 4 mil americanos a Adelaide, na Austrália. Sem um segundo a perder, Reali pegou o telefone mais próximo para alertar o embaixador britânico, que entrou em contato com o capitão do Queen Mary para mudar imediatamente o curso, pois era quase certo que havia um submarino alemão perseguindo o navio. Quando o Queen Mary não conseguiu chegar ao próximo porto de escala, em Buenos Aires, no dia esperado, o navio foi dado como desaparecido, e os alemães afirmavam que ele havia sido afundado. Porém, a essa altura, a embarcação havia escapado dos submarinos e estava segura e fora do alcance dos alemães.

Ao retornar à casa de Starziczny, o detetive Reali encontrou a amante acordada. Vestindo um robe, ela afirmou ser governanta do estrangeiro e não saber de nada a respeito das atividades alemãs. “Essa mala...”, falou Reali. “Você disse que ela explodiria a casa...” Concluindo que seria inútil resistir, Starziczny acenou uma negação com a cabeça e respondeu: “Não. Pode abri-la”. Dentro, o chefe do batalhão de elite de São Paulo encontrou dois transmissores de longa distância e um livro, do qual duas cópias microfotográficas de textos datilografados caíram enquanto ele folhava as páginas. Ao vê-

las, Starziczny, tomado pelo pânico, pegou um revolver escondido em uma prateleira – aquele que ele usaria para se matar, caso fosse ser levado vivo. Reali encontrara os códigos secretos da transmissão de Kriegsmarine.6“Isso vai me colocar diante de um pelotão de fuzilamento”, resmungou Starziczny. “A Gestapo nunca vai me perdoar.” O Brasil, explicou Reali, não tinha pena de morte e, se o agente cooperasse, a Gestapo jamais o pegaria. A confissão de Starziczny logo foi entregue aos serviços de inteligência pelo mundo. Em Berlim, a captura dos códigos Kriegsmarine desencadeou uma grande situação emergencial e, durante três dias e três noites, a mesma mensagem foi transmitida a agentes alemães repetidas e repetidas vezes:

“Aviso! Aviso! Lucas [codinome de Starziczny ] preso. [...] Código nas mãos do inimigo. [...] Mudar códigos. [...] Manter contato.”

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Fonte:

John Humphries em “O Espião de Hitler”, Editora Universo dos Livros, Capítulo 11, pags.195-197

Jornal “O Dia”, Curitiba, 16 de maio de 1952, pg.12

Website Medium de Fabio Pereira Ribeiro

Outras fontes para consulta:

DIETRICH, Ana Maria. Nazismo tropical. São Paulo: Todas as Musas, 2012.

HILTON, Stanley E. Suástica sobre o Brasil. 1. Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1977.

LOPES, Roberto. Diplomatas e Espiões. 1. Ed. São Paulo: Discovery, 2010.

PERAZZO, P. “O brilho das suásticas na capital paulista”. In: CARNEIRO, Maria Luiza Tucci, São Paulo,
metrópole das utopias.São Paulo: Lazuli; Companhia Editora Nacional, 2009.

— O perigo alemão e a repressão policial no Estado Novo. São Paulo: Imprensa Oficial e Arquivo do Estado de São Paulo, 1999.

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terça-feira, 7 de julho de 2020

VERDADES QUE INCOMODAM - 4

VERDADES QUE INCOMODAM - 4

Autor: José Carlos Rocha Vieira Junior, Professor de História

“Este livro tem como principal objetivo despertar a atenção para a unificação teórica dos conceitos científicos, sem a qual o homem não entrará na era estelar já dominada pelos construtores dos discos voadores”.
“Lembro que esta minha convicção da necessidade de uma reformulação dos conceitos físicos nasceu em 1.954, quando eu participava de uma reunião no Estado-Maior da Força Aérea Brasileira, na abertura do 1º inquérito oficial brasileiro para estudar os Objetos Voadores Não Identificados. Pude então perceber, muito admirado, que os homens ali presentes não conseguiam compreender, à luz das ciências, certos aspectos do comportamento dos ÓVNIS relatados pelos aviadores. Naquele dia, percebi que ali estava o ponto principal da questão e, infelizmente, com solução distante no tempo futuro...”
“Desde 1.954 venho afirmando entender que os ÓVNIS sempre tiveram, ainda têm e terão a iniciativa em todas as suas ações, e, por isso mesmo, nosso maior ou menor conhecimento sobre eles dependerá de um plano que só darão a conhecer se assim planificaram” (Página 37)
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[“Que Ciência Constrói Discos Voadores?” Fernando Cleto Nunes Pereira. Editora Record. 1.995]
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VERDADES QUE INCOMODAM - 3

VERDADES QUE INCOMODAM - 3

Autor: José Carlos Rocha Vieira Junior, Professor de História

     “A idéia é informar a população que existe uma fórmula que pode curar o câncer – porque já o realizou -, método este ao alcance de todos. Que a pessoa interessada tome conhecimento. O livro explica a maneira de pôr em prática tal possibilidade, se você quiser”. (Página 8)
     “Honestamente, não temos a pretensão de arvorar-nos em criador ou inventor do método. Muito menos, apresentar-nos como o pioneiro, isto é, o primeiro que aplicou a fórmula com êxito em diferentes casos, sendo, só depois, seguida por outras pessoas, com igual êxito. Aliás, nem seria segundo a verdade. Apenas recolheu-se a receita dos inventores ou pioneiros. Porque pareceu útil e prática, partiu-se para sua divulgação. Outros, muito antes de nós, poderiam, com justiça, arrogar-se tal direito”. (Página 7)
     “No Brasil, as chances de divulgar a fórmula, colhida em rio Grande, foram limitadas. Sempre que pude fazê-lo, realizou-se verbalmente ou por correspondência, atingindo indivíduos. Apenas numa oportunidade tive acesso ao programa de Heron de Oliveira, ao vivo, na Rádio Independente, de Lajeado. Tão modesta divulgação repercutiu no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais, mas em âmbito muitíssimo reduzido”. (Página 104)
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[“Câncer Tem Cura!” Frei Romano Zago, OFM. Editora Vozes. 1.997]
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     Seja curioso! Seja independente! Seja um pesquisador! Seja um cidadão mais esclarecido!
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quinta-feira, 25 de junho de 2020

Paulo Kronemberger: Duas publicações


Paulo Kronemberger: Jogo Certo

Paulo Kronemberger (1940-2011), artista plástico, escritor, ufólogo..., um velho amigo que surpreendeu a todos ao morrer um pouco no dia 10 e outro pouco no dia 11 de Agosto de 2011. Eu o conheci em Brasília-DF, num evento de Ufologia, onde além de palestrante, estava expondo suas pinturas fantásticas. Ficamos muito amigos e, no decorrer dos anos, o entrevistei algumas vezes para jornais e revistas. Enquanto eu era um jovem curioso do assunto e sonhava com outros mundos, acreditava em comunidades alternativas (ainda acredito!) e cooperativismo, e sempre que podia me juntava a outros malucos para ir cerrado adentro (ou afora) à caça de Disco Voador, sob o incomparável céu estrelado do Distrito Federal, Kronemberger já era um pesquisador respeitado. Na época ele estava lançando o livro de poemas Mensagens de Mundos da Galáxia 21 e eu cheguei a musicar alguns deles. É desta edição o poema Jogo Certo, que publiquei quando Paulo morreu e a republico agora, cinco anos depois.



J O G O   C E R T O
Paulo Kronemberger

não te preocupes nem pelo céu nem pelo inferno.
nem se algum dos dois existe,
nem se algo existe.
nem pela morte,
nem se com ela terminas.

faz da vida um jogo certo,
com trunfo marcado.
aposta na alma,
na eternidade, na tua imortalidade.

tira do baralho a morte.
sai da corda bamba da sorte.

faz da vida um jogo certo,
com trunfo marcado.
... se perderes, jamais ficarás sabendo ...
terás acabado


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foto de Joba Tridente: Rainha da Noite
Itapoá. Páscoa. 2015.¹


Paulo Fernando Kronemberger (1940-2011), Fundador e Presidente da União da Força Objetiva (UFO), de Petrópolis-RJ, pesquisador dos mistérios da Ilha de Páscoa (Chile), foi idealizador de diversos eventos ufológicos, como 3º. Congresso Internacional de Ufologia; II Congresso Internacional de Ufologia; II Festival para o Homem do 3° Milênio; II Ciclo de Cursos Especiais para o Desen


volvimento do Corpo Mente e Espírito; Semana do Realismo Fantástico; Salão de Arte Mística/Mítica/Mediúnica, Salão de Arte e Pensamento Ecológico. Kronemberger é autor, entre outros, de Mensagens de Mundos da Galáxia 21 - Poemas Metafísicos, Mensagem para Gente das Estrelas. Dias antes de sua morte eu lhe enviei os estudos de capa que havia me pedido para o seu livro Emergência - você está preparado?


¹. NOTA: O cacto Selenicereus floresce uma vez por ano e a sua belíssima flor branca, de raro perfume, abre à noite e morre de manhã. Quando vi a Rainha da Noite desabrochar, de repente, fiquei tão encantado que corri pegar a câmera e nem me lembrei do flash..., por isso o tom amarelado da foto.

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A Ufologia perde dois homens que a ajudaram a se transformar no que é hoje


REVISTA UFO | EDIÇÃO 182 | outubro de 2011
Por Dentro da Ufologia Globalizada

A Ufologia perde dois homens que a ajudaram a se transformar no que é hoje

O luto tem rondado a Ufologia, levando de nosso convívio homens e mulheres que a ajudaram a construir com sólidos alicerces. Recentemente, a perda irreparável dos norte-americanos Wendelle Stevens e Zecharia Sitchin e dos brasileiros Irene Granchi e José Victor Soares causou imensa dor à Comunidade Ufológica Mundial. Sensação idêntica de vazio voltou em agosto com a notícia do falecimento, dia 11, de Paulo Fernando Kronemberger, e dia 21, de Budd Hopkins — homens que, de maneiras distintas, mudaram a forma como praticamos e entendemos a Ufologia. Graças a eles, a presença alienígena na Terra passou a ser mais conhecida, assim como as intenções de nossos visitantes se tornaram um enigma menos hermético.
 

 Kronemberger faleceu de infarto aos 71 anos em São Paulo. Ele era da segunda geração da Ufologia Brasileira, da qual se destacou por ter dado a ela um novo impulso nos anos 80 e principalmente 90. Controlador de voo aposentado, artista plástico, poeta e escritor, ele nunca foi exatamente um pesquisador do Fenômeno UFO. No entanto, o incremento que proporcionou ao tema foi algo que nunca se vira antes e poucas vezes se viu depois dele em nosso país. Fascinado por Ufologia e tendo vivido experiências pessoais, ao se aposentar Kronemberger se lançou na aventura obstinada de transformar o assunto em algo de conhecimento das massas. E assim realizou uma série de eventos de Ufologia por todo o Brasil que mudaram decisivamente a maneira como o tema era encarado.

Público superior a mil pessoas

Chamada de Semana do Realismo Fantástico, a série teve pelo menos 30 eventos que chegaram a atrair públicos superiores a mil pessoas em capitais de norte a sul. Foi dele também a organização da segunda e da terceira edições do Congresso Internacional de Ufologia, em 1983 em Brasília e 1986 em São Paulo, repetindo o extraordinário sucesso da primeira edição, de 1979, produzida pelo também saudoso general Alfredo Moacyr de Mendonça Uchôa. Ele trouxe ao Brasil nomes como J. A. Hynek, Richard Haines, J. J. Hurtak, Leo Sprinkle, Fábio Zerpa, Joaquim Fernandes, Virgílio Sanchéz-Ocejo e muitos outros.

Faleceram em agosto dois integrantes da Ufologia, um no Brasil e outro no exterior, que mudaram a forma como a praticamos e entendemos a presença alienígena na Terra. Graças a eles, trabalhando de maneiras distintas, o Fenômeno UFO passou a ser mais popular e as intenções de nossos visitantes, mais sondáveis.

Mas talvez um de seus maiores méritos, entre tantos, foi o de reconhecer e valorizar velhos talentos da Ufologia Brasileira, assim como descobrir e lançar novos nomes, ainda anônimos. Foi graças às suas ações que surgiram inúmeros ufólogos hoje conhecidos por seu trabalho no Brasil e exterior. Esse editor e o coeditor Marco Petit são bons exemplos. Nossas primeiras oportunidades de mostrar o que vínhamos fazendo, ainda em nossa pós-adolescência, nos foram dadas por Paulo Fernando Kronemberger em várias cidades do Brasil. Chegamos a fazer palestras, ainda com menos de 20 anos, para públicos imensos em Belo Horizonte e São Paulo — naquela época, apesar das atuais facilidades proporcionadas pela internet, os eventos tinham audiência consideravelmente maior do que os de hoje.

Kronemberger fez justamente aquilo que faltou aos pioneiros da primeira geração da Ufologia Brasileira: levar o assunto, já tão desenvolvido no país graças à qualidade do trabalho destes últimos, para o grande público, abrindo mentes e acordando a sociedade para a importância da presença alienígena na Terra. Ele teve uma de suas inúmeras poesias — escritas com inspiração espiritual ou alienígena, como acreditava — encerrando a novela Além da Vida, da Rede Globo, e seu marcante exemplo de vida seguirá inspirando os ufólogos brasileiros.

Mais do que a ponta do iceberg

Budd Hopkins faleceu em um leito de hospital de Nova York aos 81 anos, em decorrência de um câncer de fígado e suas complicações. Ele já vinha enfrentando problemas de saúde há anos — o que, no entanto, não o impediu de continuar seu trabalho de investigação das abduções alienígenas, que ele perscrutou como ninguém desde os anos 80. É graças a ele que hoje sabemos um pouco mais do que apenas a ponta do gigantesco iceberg que se esconde por trás desse mistério. Hopkins foi um dos primeiros a se dedicar à pesquisa dos sequestros e a nos mostrar o que representavam, quando ainda eram objetos de suspeita até mesmo por parte de ufólogos reconhecidos.

Não há a menor dúvida de que as abduções alienígenas não são uma simples experiência de raças curiosas, assim como é certo que os abduzidos são escolhidos por alguma razão específica, que ainda nos resta conhecer. Há um plano meticuloso por trás desse processo
— Budd Hopkins

Vencendo obstáculos naturalmente difíceis, especialmente o ceticismo, levou-nos a compreender que está em andamento um plano extremamente bem definido de aproximação de outras espécies cósmicas da Terra, e que o principal “sinal” desse processo são as abduções. Sua obra é enorme, porém dela se extrai, com destaque, os livros Testemunho Oficial [Educare, 1996] e Intrusos [Record, 1991] — este que serviu de base para a produção do filme homônimo Intruders [1992], popularizando as abduções clássicas e também as visitas de dormitório [Veja artigo nesta edição].

“Operário da Ufologia”

Fundador da Intruders Foundation, Hopkins também era artista plástico, hipnólogo, conferencista e escritor. Mas era, antes de tudo, um pensador que parecia sintonizado com o pensamento de nossos visitantes extraterrestres, porque suas conclusões sempre se provavam corretas. Ele esteve várias vezes no Brasil apresentando seu trabalho e demonstrando que progredia incessantemente em suas pesquisas, ano após ano. Era um homem que conhecia as abduções a fundo — e não apenas sua parte técnica, mas também, e principalmente, a humana. Hopkins tinha conexão com as testemunhas e sabia como ninguém interpretar aquilo que surgia nas hipnoses e em casos pesquisados sem ela. E quando expunha seu conhecimento sobre o assunto, o fazia com humildade e didática. Ele era um verdadeiro “operário da Ufologia”. A Revista UFO faz uma homenagem a Budd Hopkins ainda nesta edição.

1957 - Caso João de Freitas Guimarães

Abaixo o trabalho de pesquisa em detalhes do CIPEX/SBEDV.


O Caso João de Freitas Guimarães
O advogado João de Freitas Guimarães teve um contato amistoso com tripulantes de um disco voador, na região de Caraguatatuba, litoral de São Paulo.


Em dia 16 de julho de 1956, ocorreu um importante caso da Ufologia Brasileira. Nesta ocasião, o advogado João de Freitas Guimarães, que havia ido a Caraguatatuba a serviço, caminhava pela praia após o jantar. Por volta das 19 horas, ele avistou um estranho objeto de formato discóide que elevou-se do mar, num trecho entre Ilha Bela e São Sebastião. Este objeto aproximou-se da testemunha, pousando a poucos metros de onde ela se encontrava. Do objeto saíram dois seres, de aspecto humano, altos, cabelos louros, olhos claros e serenos. Através de gestos, o advogado foi convidado a adentrar o aparelho.

Introdução

Em dia 16 de julho de 1956, o advogado João de Freitas Guimarães estava em Caraguatatuba, por ocasião de uma viagem a serviço. Ao chegar na cidade, encontrou o fórum cível fechado, pois já era final de tarde. Após jantar, João Guimarães foi caminhar pela praia quando, por volta das 19 horas, parou para observar o mar.

Nesse momento um estranho objeto de formato discóide elevou-se, saindo do mar num trecho entre Ilha Bela e São Sebastião, no litoral de São Paulo. Este objeto aproximou-se de João Guimarães e pousou a poucos metros de onde ele se encontrava.

Uma porta se abriu e deste aparelho saíram dois homens, de aspecto humano, altos, com cabelos louros e olhos claros e serenos. Ambos usavam um macacão verde fechados nos punhos, tornozelos e pescoço. Intrigado, João Guimarães perguntou se teria havido algum acidente com a máquina, ou se estavam à procura de alguém. Como não obteve resposta refez a pergunta em inglês, francês e italiano, sem qualquer resposta por parte dos desconhecidos. Por meio de gestos os tripulantes do objeto pediram insistentemente que a testemunha entrasse no aparelho. Ele aceitou e em fila indiana os três entraram no estranho aparelho.


Dentro do disco voador
Ao entrar no disco, João Guimarães percebeu que havia um terceiro tripulante a bordo do aparelho. A porta de acesso fechou-se e então o disco voador decolou. O contatado sentiu um ligeiro mal estar e foi até a janela.

Ali observou que havia gotas de água aderidas ao vidro nas janelas. Diante disso tentou uma nova comunicação perguntando se estava chovendo. Foi então que um dos tripulantes respondeu não verbalmente, mas sim telepaticamente dizendo que não se tratava de chuva e sim de um efeito produzido a partir de um movimento da "rotação em sentido contrário das peças que compunham a nave" e que isso era comum durante suas incursões pela nossa atmosfera. Dentro do objeto, João Guimarães notou que haviam mais compartimentos, embora todos permanecessem num único ambiente. Ao olhar novamente pela janela, a testemunha observou que estava bastante escuro lá fora e que haviam estrelas muito brilhantes. Pouco depois disso, os tripulantes informaram que eles haviam deixado a atmosfera terrestre. Durante a experiência, João perguntou várias vezes aos tripulantes sobre sua origem e não obtendo qualquer resposta. Entretanto, o Dr. Guimarães recebeu diversas outras informações dentro do objeto. Algumas das informações recebidas dizem respeito a um sistema de proteção contra radiação, existente em torno da nave. Eis um trecho do relato do Sr. João de Freitas Guimarães:

"Percebi que em certo ponto da viagem, através das janelas, que passamos por uma zona intensamente escura em que os astros brilhavam extraordinariamente, sucedendo-se a regiões enxameadas de estrelas...".
"Seguiram-se novas áreas negras, até que atravessamos uma camada violeta fulgurante, quando o aparelho sofreu fortes sacudidas. Fui informado por um dos seres que a nave acabava de deixar a atmosfera da Terra...". Os seres informaram que a nave era movida "no sentido da resultante da composição das forças magnéticas daquele lugar".

A viagem a bordo do objeto durou aproximadamente 40 minutos, sendo a testemunha deixada no local onde a experiência teve início. Antes de encerrar o passeio os tripulantes marcaram um novo contato com a testemunha para o dia 12 de agosto do ano seguinte (12 de agosto de 1957), no mesmo local e na mesma hora. Por diversos motivos, João de Freitas Guimarães não compareceu à este novo encontro. Como o caso já havia sido bastante divulgado publicamente foram organizadas diversas caravanas para o local onde o contato ocorreria.

Um dos motivos alegados por João de Freitas Guimarães para não comparecer ao encontro seria uma conversa que ele teve com o Coronel Aviador Coqueiro, da FAB que teria dito: "Se eu fosse você eu não iria a esse encontro. Terei lá dois esquadrões de caça a jato para receber o disco voador". Estavam presentes no momento desta declaração o Dr. Gabriel Alca, seu irmão e um escrevente do 5º Tabelionato de Santos. Tal intimidação foi notícia em matéria no jornal O Globo de 17 de agosto de 1957.

A matéria informa ainda que no dia esperado do contato caças da FAB, modelos Gloster Bector, sobrevoaram a região por volta das 17 horas. Mais tarde, três oficias da Base de Bocaina, Major Paulo Saloma, o 2º sargento e fotógrafo Francisco Teixeira e o comandante de esquadrão Vieira de Almeira. Na data marcada pra um novo contato haviam algumas pessoas à espera. Mais tarde, em entrevista à emissoras de televisão eles declararam que avistaram um objeto discóide que surgiu por trás da Ilha Bela, passando sobre São Sebastião e que seguiu em direção à Barraqueçaba.

Documentos oficiais
Na recente divulgação de documentos ufológicos da Força Aérea Brasileira existem documentos sobre este caso. Eles podem ser acessados a partir do seguinte link:

Documentos da Força Aérea Brasileira sobre o Caso João de Freitas Guimarães


Registros na SBEDV

Introdução
A Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV) foi pioneira no estudo do fenômeno OVNI em território brasileiro, tenho investigado centenas de casos de contato imediato com tripulantes destes objetos. A maioria de suas pesquisas era publicada em um boletim informativo próprio, de periodicidade irregular, onde eram detalhados aspectos da pesquisa, do caso ocorrido e com depoimentos dos protagonistas dos casos apresentados. O Caso João de Freitas Guimarães é um dos inúmeros casos investigados pela SBEDV, sendo apresentado em vários boletins da entidade. O texto a seguir é retirado do Boletim da SBEDV, nº 4. A linguagem original, utilizada no texto, com termos e regras gramaticais da época, foi mantida.

Transcrição:


Em seguida vamos transcrever o relato do Sr. Prof. João de Freitas Guimarães da sua viagem num Disco Voador, em entrevista concedida à TV-13, na noite de 27 de agosto de 1957.

Relata o Prof. João de Freitas Guimarães que fora à São Sebastião à serviço de sua profissão, de vez que é advogado militante. Encontrando o fórum já fechado, jantou e pôs-se a passear pela praia, para fazer a digestão. Não pode precisar a hora, pois não tivera preocupação de olhar o relógio, mas calcula que seriam 19:10 ou 19:15 hs.

O céu estava encoberto, sombrio, sem luar. Não havendo banco, sentou-se na praia, pôs as mãos sobre os joelhos e ficou olhando o mar, que estava bastante escuro. De repente, percebeu que a água clareava, no trecho compreendido entre Ilha Bela e São Sebastião. Em seguida, elevou-se um jato d'água, semelhante a um repuxo, o que o fez pensar numa baleia. Verificou, logo após, que se tratava de um aparelho bojudo, que tomava direção da praia.

Ao chegar ali, lançou um trem de aterragem, munido de esferas. Reparara bem que eram esferas e não bóias. Do aludido aparelho saltaram, então, dois homens, que caminharam ao seu encontro.

Eram duas criaturas humanas, ou pelo menos, tinham essa aparência. Confessa que se assustara um pouco, porque estava só. Pôs-se, então, de pé, e embora experimentasse um certo receio, não teve, contudo, vontade de fugir.

Pode verificar, agora, que se tratava de indivíduos altos (acima de 1,80 m), com cabelos louros e longos, tez clara e possuindo sobrancelhas. Usavam uma espécie de macacão, de cor verde, estreitando-se ao nível do pescoço, dos punhos e dos tornozelos. Os olhos eram claros e tranquilos.

Perguntou-lhes o professor se teria havido algum incidente com o aparelho, ou se estavam à procura de alguém ali. Não obteve resposta. Tentou então falar-lhes em francês, inglês e italiano, mas ainda sem resultado desta vez.

Teve, em seguida, a impressão de que era convidado a entrar no aparelho. Não sabe explicar porque fora levado a admitir que o convidavam, mas o fato é que assim o entendeu. Pareceu-lhe que eles usavam a linguagem telepática. Acrescentou que não é cientista, que não se tem ocupado de assuntos dessa natureza, mas pelo que conhece a respeito, é levado a admitir que eles empregavam esse meio de comunicação, embora verificasse, mais tarde, que eles eram dotados de voz articulada. Esclarece que nunca se ocupou da questão dos discos voadores. Por falta de tempo, desconhecia quase tudo a respeito desse assunto. Contudo, pareceu-lhe que aquele aparelho fosse uma dessas estranhas aeronaves. Sentindo que o convite perdurava, veio-lhe, então, irresistível vontade de conhecê-lo interiormente.

Um dos tripulantes tomou, em seguida, a direção do aparelho, dando-lhe as costas. O Dr. Freitas Guimarães segui-o sem relutância, sendo acompanhado pelo outro tripulante. Ficou, assim, no meio de ambos.

O tripulante que ia à frente, alcançou a parte inferior da nave, e nela subiu, segurando-se à escada com apenas uma das mãos. O Dr. Freitas Guimarães precisou do auxílio de ambas as mãos.

Pôde o Dr. Guimarães observar que havia na porta de entrada do disco um outro tripulante, que ali permanecera durante todo o tempo. Quando o segundo tripulante, que caminhava atrás do entrevistado, penetrou no aparelho, reuniu-se àquele que ficara de pé, e a porta foi fechada.

Contou o professor que permanecera num único compartimento, mas pôde verificar que havia outros, também iluminados.

Quando o aparelho se ergueu, notou que nas vigias havia água, como se estivesse chovendo. Fez, então a pergunta: "Está chovendo?", a qual foi-lhe respondida telepaticamente, por um dos tripulantes, de que não se tratava de chuva. Aquela água originava-se da rotação, em sentido contrário, da peças que compunham o disco. Em toda a volta do aparelho havia um tuo de filtração de raios, que tinha a propriedade de fazer o semi-vácuo em qualquer uma das suas partes.

Viu, através das vigias, e acima da Terra, uma zona intensamente escura, onde astros brilhavam de uma maneira extraordinária. Sucediam-se regiões enxameadas de estrelas, que cintilavam com fulgor incomparável, e às quais se seguiam novas zonas escuras. Atravessaram, em continuação, uma camada vileta e depois outra, de um violeta vivo, fulgurante. Nessa ocasião, sentiu que o aparelho se sacudia fortemente. Manifestou, por isso, certo receio. Disse-lhe, então, telepaticamente, um dos tripulantes: "O aparelho acaba de deixar a atmosfera de seu planeta".

Durante a viagem perguntara-lhe de onde eram eles originados, mas não obteve resposta. Não sabe porque razão não quiseram se identificar. Quando soube que já estavam fora da atmosfera da Terra, ficou assombrado. Reparou que havia no compartimento onde se encontravam, um instrumento de forma circular, no qual se moviam três agulhas, muito sensíveis e que já vinham trepidando. Ao deixarem a atmosfera da Terra, as referidas agulhas passaram a vibrar intensamente. Segundo foi-lhe explicado por um dos tripulantes, o aparelho era conduzido no sentido da resultante da composição das forças magnéticas naquele lugar.

Os corpos que se incendiavam no espaço, com coloração diversa, as nuvens irisadas que corriam velozmente, tudo aquilo constituía um espetáculo indescritível. Ao voltarem, notou que o seu relógio havia parado. Não pôde, pois, verificar quanto tempo estiveram em voo, mas estima-o em 30 ou 40 minutos. Foi ao hotel e teve vontade de gritar a todos a sua extraordinária experiência.

Pareceu-lhe que há, da parte dos tripulantes desta aeronave, um trabalho de investigação junto aos habitantes do nosso planeta. Teve a impressão de que eles desejam nos orientar sobre os perigos que ameaçam a humanidade. Na opinião d Prof. Freitas Guimarães, o comportamento humano é quase selvagem. Todo o homem nasceria bom, mas em virtude das condições inerentes à Terra, torna-se mau. Há um conjunto de experimentos de ordem científica que está sendo tratado com leviandade. O emprego indiscriminado da bomba atômica não provoca, apenas o aumento da ionização da Terra. Provoca, também, a destruição de camadas da atmosfera que filtram raios perigosos. Se não houver mais cuidado no emprego desses terríveis engenhos, todos sofreremos as conseqüências dessas explosões.

Conta, ainda, o professor que este fato ocorreu há mais ou menos 14 meses e que, à exceção de sua esposa, não relatara o caso a ninguém. Contudo há mais ou menos 6 meses atrás, flou sobre o mesmo a um Juiz em São Paulo, Dr. Alberto Franco. Contou-o, também, a um antigo advogado daquela capital, Dr. Nilson(?).

Durante um almoço que se realizou na Associação dos Advogados (?), viu uma panela de alumínio e fez, em torno da mesma, uma brincadeira alusiva aos discos voadores. Os seus colegas desconfiaram, então, que ele devia saber algo a respeito dessas aeronaves, que tantos comentários tem despertado.

Mais tarde, narrou o acontecido a um amigo, Dr. Lincoln Feliciano - (?). Este, naturalmente, empolgado com a narrativa, transmitiu-a à pessoa que escreveu o artigo que vem despertando todo esse rumor. Acrescenta que, a partir dessa época, não teve mais sossego. Tem sido muito assediado por todos os meios. Embora todos que o procuram sejam muito cordiais, torna-se contudo, difícil, pare ele, explicar exatamente como o fato se passou. Usa, para exemplificar de uma imagem: alguém que, durante uma estranha viagem, tivesse visto, pela primeira vez, uma máquina pneumática e quisesse ao voltar, descrevê-la à pessoas interessadas, mas que nada conheciam sobre a mesma. É claro que não poderia fazê-lo com precisão. Os fatos que testemunhou ultrapassam os seus conhecimentos.

Declarou em seguida, não ter sido o primeiro cidadão da Terra a viajar naqueles engenhos. Informa haver recebido, após a divulgação pela Imprensa, de sua aventura, uma relação de obras sobre o assunto, em algumas das quais são narradas experiências semelhantes àquela que viveu.

Perguntado sobre se sentira mal durante a viagem, respondeu que experimentara certo mal estar quando o disco levantara voo e também baixara. Sentira-e aflito com frio nas extremidades. Atribui isso a um nervosismo natural.

Declara que fora combinado um novo encontro com os tripulantes do aparelho para agosto deste ano: 12 de agosto de 1957.

Inquirido sobre a maneira como fora marcado aquele encontro, esclareceu que, durante a viagem, mostraram-lhe os tripulantes 12 constelações, que dispuseram sob a forma do Zodíaco. Uma roda indicava o ano, e a repetição de doze vezes o número 8, deu-lhe a impressão do mês de agosto. Desse modo, ele interpretou como sendo aquela data.

Consultado sobre os motivos que o teriam impedido de comparecer ao encontro combinado, respondeu que não poderia ter ido. Havia sido organizada uma caravana para assistir a entrevista, o que acarretaria grande tumulto. Além disso, havia perdido, naquele período, parentes próximos. Fora também, procurado por um oficial da FAB, que lhe pedira que não fosse ao aludido encontro. Acresce, ainda, as circunstâncias de a Aeronáutica haver enviado aviões de caça, a jato, o que poderia ser causa de vivos incidentes. Se um daqueles aparelhos atingisse o disco, isso poderia parecer um ato de traição, de sua parte. Considerar-se-ia desleal se contribuísse para criar uma situação desagradável para com aqueles seres, que foram tão atenciosos para com ele. Confessa ser mais prudente do que curioso. Conclui dizendo que se encontrava em plena consciência e que está seguro de que não foi vítima de uma alucinação. Diz ser idealista, mas prático.

Desenhos de João de Freitas Guimarães representando o objeto, o painel de controle e um visor existente dentro do disco voador. Fonte: Fenomenum


Pesquisa: MAGJR - PROVQI
Fonte: Jornal Diário do Paraná - Memória BN Hemeroteca

O Colégio Culto à Ciência

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