segunda-feira, 22 de junho de 2020

Alfabetização dos brasileiros

MENOS DE 30% DOS BRASILEIROS TÊM ALFABETIZAÇÃO PLENA
(Jornal Correio Popular: 18 de Julho de 2.012, quarta-feira. Página B-6)

     Apenas 35% das pessoas com Ensino Médio completo podem ser consideradas plenamente alfabetizadas e 38% dos brasileiros com formação superior têm nível insuficiente em leitura e escrita. Os dados são resultados do Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2.011-2.012, pesquisa do Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa. O estudo considera plenamente alfabetizadas as pessoas que lêem textos mais longos, analisam e relacionam suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem fato de opinião, realizam inferências e sínteses. Essas pessoas também resolvem problemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo percentuais, proporções e cálculos de área, além de interpretar tabelas, mapas e gráficos. A pesquisa avalia, de forma amostral, por meio de entrevistas e um teste cognitivo, a capacidade de leitura e compreensão de textos e outras tarefas básicas que dependem do domínio da leitura e escrita. A partir dos resultados, a população é dividida em quatro grupos: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados em nível básico e plenamente alfabetizados. Os resultados da última edição do Inaf mostram que apenas 26% da população podem ser consideradas plenamente alfabetizadas. (Folhapress).
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HOMICÍDIOS DE JOVENS CRESCE 346% EM 30 ANOS
(Jornal Correio Popular: 18 de Julho de 2.012, quarta-feira. Página B-6)

     De um lado, avanços em pesquisas e mais investimentos em saúde nos últimos 30 anos diminuíram os riscos de crianças e adolescentes morrerem de doenças e causas naturais no País. De outro, o Brasil ficou mais violento para essa faixa da população no mesmo período. Entre 1.980 e 2.010, o total de mortes de pessoas entre 0 e 19 anos por doenças e causas naturais passou de 387 casos em cada 100 mil pessoas para 88,5 por 100 mil, queda de 77%. Por outro lado, cresceu o total de crianças e de adolescentes que morrem pelas chamadas causas externas, que incluem homicídios, suicídios, acidentes de trânsito e de outros tipos. As vítimas de causas externas, que somavam 27,9 casos por 100 mil habitantes em 1.980, alcançaram 31,9 casos por 100 mil em 2.010, aumento de 14,3%. Em 30 anos, 55 crianças e adolescentes morreram diariamente por homicídios, suicídios e acidentes, total suficiente para colocar o Brasil nos primeiros lugares no ranking de países mais violentos para crianças e jovens no mundo. É o quarto onde mais se mata e o 12º onde mais se morre por acidentes de trânsito. A piora no quadro de mortes por causas externas foi puxada pelos homicídios, que cresceram 346,4% em 30 anos. Os dados são do Mapa da Violência 2.012 – Crianças e Adolescentes do Brasil (AE).
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BRASILEIROS TÊM 4ª. MAIOR FORTUNA EM PARAÍSOS FISCAIS
MILIONÁRIOS DO PAÍS ENVIARAM MAIS DE R$ 1 TRILHÃO PARA FORA

(Jornal Correio Popular: 23 de Julho de 2.012, segunda-feira)

     Um estudo inédito, que, pela primeira vez, chegou a valores depositados nas chamadas contas offshore sobre as quais as autoridades tributárias dos países não têm como cobrar impostos, mostra que os brasileiros somaram até 2.010 cerca de US$ 520 bilhões (mais de R$ 1 trilhão) em paraísos fiscais. Trata-se da quarta maior quantia do mundo depositada nessa modalidade de conta bancárias.
     O documento The Price of Offshore Revisited, escrito por James Henry, ex-economista-chefe da consultoria McKinsey, e encomendado pela Tax Justice Network, cruzou dados do Banco de Compensações Internacionais, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e de governos nacionais para chegar a valores. O relatório destaca o impacto sobre as economias dos 139 países mais desenvolvidos da movimentação de dinheiro enviado a paraísos fiscais. Henry estima que, desde os anos 1.970 até 2.010, os cidadãos mais ricos desses 139 países aumentaram de US$ 7,3 trilhões para US$ 9,3 trilhões a “riqueza offshore não registrada” para tributação.
     A riqueza privada offshore representa “um enorme buraco negro na economia mundial”, disse o autor. Na América Latina, chama a atenção o fato de, além do Brasil, países como o México, a Argentina e Venezuela aparecerem entre os 20 que mais enviaram recursos a paraísos fiscais.
     John Christensen, diretor da Tax Justice Network, organização que combate os paraísos fiscais e que encomendou o estudo, afirmou que países exportadores de riquezas minerais seguem um padrão. Segundo ele, elites locais vêm sendo abordadas há décadas por bancos, principal,mente norte-americanos, para enviarem seus recursos ao Exterior. “Instituições como Bank of América, Goldman Sachs, J. P. Morgan e Citibank vêm oferecendo esse serviço. Como o governo americano não compartilha informações tributárias, fica muito difícil para esses países chegar aos donos das contas e taxar os recursos”, afirma.
     Segundo o diretor da Tax Justice Network, além dos acionistas de empresas dos setores exportadores de minerais (mineração e petróleo), os segmentos farmacêuticos, de comunicações e de transportes estão entre os que mais remetem recursos para paraísos fiscais. “As elites fazem muito barulho sobre os  impostos cobrados delas, mas não gostam de pagar impostos”, observa Christensen. “No caso do Brasil, quando vejo os ricos reclamando de impostos, só posso crer que estejam blefando. Porque eles remetem dinheiro para fora há muito tempo”.
     Christensen diz ainda que no caso do México, da Venezuela e da Argentina, tratados bilaterais como o Nafta e a ação dos bancos americanos fizeram os valores escondidos subirem vertiginosamente desde os anos 70. (Da Agência Brasil).
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Por: José Carlos Rocha Vieira Junior, Professor de História


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